Qual é a importância do patrocínio para o esporte?
Já recebemos diversas perguntas sobre este tema, e hoje decidimos entrar um pouco mais a fundo neste assunto. Para ficar mais claro, vamos dividir esta resposta entre os principais integrantes que compõem o mercado esportivo: clubes, federações e confederações, atletas e os eventos privados.
Para os clubes, é uma das principais fontes de receita. É claro que o clube também fatura com cotas de televisão, planos de sócio torcedor, bilheteria, transação de atletas, entre outros, porém um bom acordo de patrocínio, pode fazer a diferença na saúde financeira do clube. E a forma que enxergamos mais correta para a construção dessa relação, é o famoso acordo “ganha-ganha”. Se o clube está faturando e feliz, precisa fazer o outro lado sorrir também. É necessário que haja uma boa entrega para fidelizar o seu patrocinador e mantê-lo na casa. Ativações, um bom atendimento e dedicação no cumprimento do que está acordado em contrato é fundamental para que essa relação seja duradoura.
Os patrocinadores também são pilares fundamentais na sustentação de federações e confederações. Assim como nos clubes, existem outras fontes de receita: taxas, multas aos clubes/atletas, etc. Porém é a verba do patrocínio que dá segurança e previsibilidade ao caixa de instituições desse porte. Em relação as entregas de mídia, temos diversas propriedades que podem ser exploradas: backdrops, uniforme da equipe de arbitragem e a publicidade em campo são alguns exemplos.
Para os atletas, a relevância de ter um patrocinador, se faz ainda mais notória. Para as grandes estrelas do mercado, é claro que os patrocinadores também são fundamentais. Grandes atletas chegam a faturar mais com seus contratos de patrocínio, do que com o contrato de trabalho com seus clubes. Porém, com atletas que não são tão famosos assim, é onde a diferença é mais sentida. Muitos destes atletas ainda não possuem grandes salários, e dependem de uma condição precária para treinar e manter o sonho vivo de se tornarem referências de suas modalidades. Porém, com o suporte de um patrocinador que acredite neste atleta, tudo pode mudar. Este atleta por exemplo, fica capaz de investir em equipamentos melhores, e também pode conseguir um melhor local para seus treinamentos. E a empresa deve entender que o atleta é um ativo. Como citamos anteriormente, a relação deve ser “ganha-ganha”. Patrocínio não é doação ou caridade. Deve-se exigir uma entrega por parte do atleta, como exploração de sua imagem nos canais de comunicação da empresa, presença em eventos para ativação da marca, posts nas redes sociais do atleta, entre outras possibilidades.
E para finalizarmos, os eventos privados (como jogos festivos e eventos de cunho beneficente). Um evento em via de regra, possui duas formas de gerar receita: com cotas de patrocínio e bilheteria. Um evento que não consegue comercializar suas cotas de patrocínio, não pode contar com a iniciativa privada de empresas dispostas a investirem neste tipo de oportunidade, e sem dúvida, o evento fica muito prejudicado. Quando isso ocorre, geralmente, os organizadores do evento precisam recorrer a órgãos do governo, como por exemplo a Prefeitura do local onde o evento será realizado. Dessa forma, o evento precisa contar com a ajuda de dinheiro público, o que mostra que este evento por si só não se fez lucrativo e muito menos saudável financeiramente.
Por: ALL-IN Sports Marketing