Certamente chegou a você, a cena protagonizada por Cristiano Ronaldo envolvendo um dos principais patrocinadores da Euro 2020, a Coca-Cola. Se você não ficou sabendo, contamos brevemente. Na segunda-feira (14), em uma entrevista coletiva, o craque português chamou a atenção ao retirar de cena duas garrafas de refrigerante da marca que estavam sendo expostas na mesa e recomendar: “Água! Não Coca-Cola”. Muito falou-se sobre o ato do atleta. Inapropriado ou não, o gesto abriu espaço para que outras atitudes similares ocorressem dias depois, pelo jogador francês Paul Pogba, que por sua vez, removeu uma garrafa de cerveja sem álcool da também patrocinadora Heineken da mesa de coletiva e pelo italiano Manuel Locatelli, que repetiu o gesto do português com os refrigerantes.
Em casos como este, onde um fator surpresa impacta diretamente no resultado da ação, é necessário chamar o camisa 9 para entrar em jogo e decidir a partida: O Gerenciamento de Crises.
Geralmente os patrocinadores, embora protegidos juridicamente, não estão 100% blindados a incidentes como os desta semana. Por isso faz-se necessário que as marcas estejam preparadas para lidar com estes imprevistos, e é aí que entra a importância de a empresa ter um bom gerenciamento de crises, para minimizar os impactos negativos e identificar oportunidades para melhorar a imagem da organização.
Além de suavizar o impacto do ocorrido e preservar a reputação da empresa, o gerenciamento de crises permite uma ação ágil e eficaz além de demonstrar respeito com a sociedade e stakeholders.
Para que uma crise seja bem administrada, é necessária a existência de um planejamento assertivo, pensado e detalhado de A a Z. É necessário levantar os riscos, e um diagnóstico de seus efeitos, sem esquecer das estratégias a serem adotadas durante e depois da crise instalada. O planejamento do gerenciamento de crises começa muito antes do problema surgir. Como diz o ditado popular, “é melhor prevenir do que remediar”, e nenhuma organização está blindada a crises.
Neste episódio da Euro, a Heineken de forma reativa, emitiu um posicionamento global através de uma nota: “Respeitamos a decisão de todos no que diz respeito a escolha de suas bebidas”. Já a UEFA, segundo um de seus diretores Martín Kallen, se movimentou e enviou um comunicado às equipes solicitando que os jogadores não escondam os produtos das empresas que patrocinam o evento. A Coca-Cola, ainda não se pronunciou oficialmente, mas certamente fará, e da forma mais adequada possível.
Por: ALL-IN Sports Marketing